Sobre o livro de Jonas
Para começar, o livro de Jonas, escrito pelo próprio profeta, nos transporta ao século VIII a.C., em um contexto onde Israel enfrentava a ameaça assíria. Ele narra a história singular de Jonas, um profeta do Reino do Norte, que recebe uma ordem divina inesperada: pregar arrependimento à temida cidade de Nínive, capital da Assíria.
A narrativa se desenrola com a flagrante desobediência de Jonas, que tenta fugir da presença de Deus. Sua incrível jornada, marcada pela tempestade e pela experiência no ventre de um grande peixe, demonstra a soberania inquestionável de Deus sobre toda a criação e a impossibilidade de escapar de Sua vontade.
Ao final, Jonas, relutante, cumpre sua missão, e o impensável acontece: os ninivitas se arrependem profundamente, e Deus demonstra Sua misericórdia ilimitada, que transcende barreiras étnicas e políticas. O livro, então, confronta a atitude do profeta, revelando a extensão do amor divino que se estende a todos os povos.
Crucialmente, o próprio Jesus Cristo validou e apontou para a veracidade desta narrativa, afirmando: "nenhum sinal lhes será dado, senão o sinal do profeta Jonas" (Mateus 12:39). A ressurreição de Cristo é prefigurada na experiência de Jonas, sublinhando a centralidade de Cristo e a missão universal do evangelho.
Para o leitor contemporâneo, Jonas é um convite poderoso à reflexão sobre a própria compaixão e obediência. Ele nos desafia a superar preconceitos, abraçar a missão global de Deus e compartilhar a mensagem de graça com todos, lembrando-nos que a salvação vem do Senhor e que Ele se importa com cada vida.