Significado de Hortelã
A análise teológica de um termo bíblico como Hortelã (do grego hēdyosmon, ἡδύοσμον) pode parecer, à primeira vista, um empreendimento peculiar para uma exploração profunda. O termo em si refere-se a uma planta comum, mencionada em apenas duas passagens do Novo Testamento, ambas em contextos de crítica de Jesus aos fariseus e escribas. No entanto, a perspectiva protestante evangélica, com seu compromisso com a autoridade bíblica e a totalidade das Escrituras, busca extrair verdades teológicas e princípios de vida de cada menção divina, mesmo as mais aparentemente insignificantes.
A menção da Hortelã não é sobre a planta em si, mas sobre o uso que dela se faz no contexto do dízimo e, mais profundamente, sobre a atitude do coração em relação à Lei de Deus. Jesus utiliza a Hortelã, o endro e o cominho como exemplos de itens minúsculos que os líderes religiosos da época dizimavam com rigor meticuloso, ao mesmo tempo em que negligenciavam os "preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé" (Mateus 23:23). Esta análise, portanto, irá transcender o léxico botânico para mergulhar nas implicações éticas, soteriológicas e praxiológicas que a crítica de Jesus à "dizimação da Hortelã" revela, sempre sob a ótica da teologia reformada e evangélica.
Exploraremos as raízes da prática do dízimo no Antigo Testamento, o contexto direto da repreensão de Jesus no Novo Testamento, as reverberações desses princípios na teologia paulina da salvação, os aspectos da religiosidade que a Hortelã simboliza e, finalmente, as aplicações práticas para a vida do crente hodierno. A centralidade de Cristo e a primazia da graça e da fé serão os pilares sobre os quais esta reflexão será edificada, buscando um equilíbrio entre a obediência aos detalhes e a compreensão do espírito da Lei de Deus.
1. Etimologia e raízes no Antigo Testamento
Embora o termo específico Hortelã (hēdyosmon) não apareça no Antigo Testamento hebraico, o contexto de sua menção por Jesus está intrinsecamente ligado à Lei mosaica e à prática do dízimo. As raízes teológicas da crítica de Jesus devem ser compreendidas à luz da revelação progressiva e da compreensão do dízimo na antiga aliança. O dízimo, como um décimo de toda a produção da terra e dos rebanhos, era uma instituição divinamente ordenada para sustentar o sacerdócio levítico e o culto no templo (Levítico 27:30-32; Números 18:21-24).
1.1 O conceito do dízimo na Lei Mosaica
A Lei mosaica estabelecia que "todo o dízimo da terra, seja dos produtos da terra, seja do fruto das árvores, é do Senhor; é santo ao Senhor" (Levítico 27:30). Este mandamento abrangia uma ampla gama de produtos agrícolas, e embora não especificasse plantas como a Hortelã, a tradição judaica posterior, especialmente no período intertestamentário e rabínico, estendeu a aplicação do dízimo para incluir até as menores ervas de jardim. Essa extensão, embora não explicitamente detalhada na Lei escrita, era vista como uma forma de zelar pela completa obediência.
O dízimo não era meramente uma taxa ou imposto; era um ato de adoração, reconhecimento da soberania de Deus sobre toda a criação e provisão. Era uma expressão de fé na promessa de Deus de abençoar a obediência (Malaquias 3:10; Deuteronômio 14:22-23). A falha em dizimar era considerada roubo a Deus (Malaquias 3:8), indicando a seriedade do mandamento.
1.2 A crítica profética à religiosidade superficial
No entanto, mesmo no Antigo Testamento, os profetas frequentemente criticavam a observância ritualística externa que era desprovida de um coração reto e de obediência moral. Isaías denunciou sacrifícios e ofertas vazios quando o povo oprimia os pobres e negligenciava a justiça (Isaías 1:11-17). Amós clamou contra as festas e assembleias que eram realizadas enquanto a justiça era "lançada por terra como água" (Amós 5:21-24). Miqueias questionou: "Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de dez mil ribeiros de azeite? ... Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?" (Miqueias 6:6-8).
Essa crítica profética estabelece um precedente crucial para a repreensão de Jesus. Ela demonstra que a religião verdadeira, desde o início da revelação, nunca foi sobre a mera conformidade externa com rituais, mas sobre a condição do coração, a busca pela justiça, a prática da misericórdia e a fidelidade a Deus. A meticulosa observância de rituais menores, sem um compromisso correspondente com as "pesadas" exigências morais da Lei, já era um problema reconhecido na história de Israel. A Hortelã se torna, assim, um símbolo da religiosidade legalista que prioriza o minucioso sobre o substancial.
2. Hortelã no Novo Testamento e seu significado
A menção direta da Hortelã no Novo Testamento ocorre exclusivamente nas palavras de Jesus, denunciando a hipocrisia dos líderes religiosos de Sua época. Estas passagens são fundamentais para compreender o significado teológico do termo.
2.1 A denúncia de Jesus em Mateus 23:23 e Lucas 11:42
Em Mateus 23:23, Jesus declara: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois dizeis o dízimo da Hortelã, do endro e do cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas." De forma similar, em Lucas 11:42, Ele afirma: "Mas ai de vós, fariseus! Porque dizeis o dízimo da Hortelã, e da arruda, e de toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas."
O termo grego para Hortelã é hēdyosmon (ἡδύοσμον), que se refere à planta de menta, uma erva aromática comum em jardins. O endro (anēthon, ἄνηθον) e o cominho (kyminon, κύμινον) também são pequenas ervas. A questão não era que dizimar essas ervas fosse errado em si. Jesus explicitamente diz: "deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas." Ou seja, a obediência aos detalhes não era condenada, mas sim a priorização e a motivação por trás dessa obediência.
2.2 O significado teológico da inversão de prioridades
O cerne da crítica de Jesus reside na inversão de prioridades e na hipocrisia. Os fariseus eram meticulosos na observância de preceitos menores, indo além do que a Lei mosaica exigia explicitamente ao dizimar até mesmo as pequenas ervas de jardim. Essa meticulosidade, contudo, era acompanhada de uma profunda negligência dos "preceitos mais importantes da Lei" (ta barytera tou nomou - as coisas mais pesadas da Lei).
Em Mateus, esses preceitos são identificados como krisin (juízo ou justiça), eleos (misericórdia) e pistis (fé ou fidelidade). Em Lucas, são krisin (juízo ou justiça) e agapēn tou theou (amor de Deus). Essas são as virtudes que refletem o caráter de Deus e que a Lei pretendia cultivar no coração humano. A justiça diz respeito à retidão moral e social; a misericórdia, à compaixão e ao perdão; a fé/fidelidade, à confiança em Deus e à lealdade aos Seus mandamentos; e o amor de Deus, à devoção primordial ao Criador.
A Hortelã, portanto, torna-se um símbolo da religiosidade superficial e legalista que se concentra na forma em detrimento da substância, na letra em detrimento do espírito. É a manifestação de um coração que busca a autojustificação através de obras externas e visíveis, enquanto ignora as exigências internas e transformadoras da Lei de Deus. Esta é uma continuidade da crítica profética do Antigo Testamento, agora personificada por Cristo, o próprio Legislador.
2.3 A relação com a pessoa e obra de Cristo
A crítica de Jesus à dizimação da Hortelã ressalta a centralidade de Sua própria missão: cumprir a Lei (Mateus 5:17) não através de um legalismo exacerbado, mas revelando seu verdadeiro espírito e propósito. Cristo veio para inaugurar uma nova aliança onde a Lei seria escrita nos corações (Jeremias 31:33; Hebreus 8:10), e a obediência fluiria de um amor genuíno, não de uma imposição externa ou de um desejo de mérito próprio.
Sua obra redentora, que culmina na cruz, não anula a justiça e a misericórdia, mas as estabelece de forma definitiva. A justificação pela fé em Cristo (sola fide) liberta o crente da necessidade de buscar mérito em "dízimos de Hortelã" e o capacita a viver uma vida de verdadeira justiça, misericórdia e amor, impulsionada pela graça (sola gratia) e pelo Espírito Santo.
3. Hortelã na teologia paulina: a base da salvação
Embora o apóstolo Paulo nunca mencione a Hortelã ou a prática de dizimar ervas, os princípios subjacentes à crítica de Jesus aos fariseus ressoam fortemente em sua teologia da salvação. Paulo foi um fariseu "irrepreensível quanto à justiça que há na lei" (Filipenses 3:6), e sua experiência pessoal com o legalismo o tornou um dos maiores defensores da justificação pela fé, em contraste com as "obras da Lei".
3.1 O contraste com obras da Lei e mérito humano
A teologia paulina, central para a perspectiva protestante evangélica, enfatiza que a salvação não é alcançada por meio de obras ou do cumprimento meticuloso da Lei, mas pela graça de Deus, recebida pela fé em Jesus Cristo. Paulo argumenta vigorosamente contra qualquer tentativa de estabelecer a própria justiça através de observâncias (Romanos 3:20; Gálatas 2:16).
A "dizimação da Hortelã" por parte dos fariseus é um exemplo claro do tipo de "obra da Lei" que Paulo denuncia. Não que a obediência em si seja errada, mas a confiança nessa obediência para alcançar a retidão diante de Deus. Paulo ensina que "o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo" (Gálatas 2:16). A busca por mérito em atos externos, sejam eles grandes rituais ou o dízimo de pequenas ervas, desvia o foco da suficiência de Cristo.
3.2 A relação com justificação, santificação e glorificação
Na teologia paulina, a justificação é um ato forense de Deus, declarando o pecador justo com base na retidão imputada de Cristo, recebida pela fé. Isso é radicalmente diferente da autojustificação farisaica simbolizada pela Hortelã. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9).
A santificação, o processo de crescimento em semelhança a Cristo, é um resultado da justificação, não sua causa. A verdadeira obediência, que inclui a prática da justiça e da misericórdia, é o fruto do Espírito Santo operando no crente, não um esforço para ganhar o favor de Deus. "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2:10). As "boas obras" aqui não são "dízimos de Hortelã" feitos para autojustificação, mas sim expressões de um coração transformado, que genuinamente busca viver a justiça, a misericórdia e o amor.
A glorificação, o estágio final da salvação, é a completa libertação do pecado e a conformidade perfeita com a imagem de Cristo. Ela é totalmente dependente da obra de Deus, não dos méritos humanos. A teologia reformada, com nomes como João Calvino e Martinho Lutero, consistentemente defendeu essa distinção, alertando contra qualquer forma de "justiça de obras" que desvie a glória de Deus e a suficiência de Cristo. Calvino, em suas Institutas da Religião Cristã, argumentou que a Lei, embora santa e boa, serve para nos levar a Cristo, expondo nossa incapacidade de cumpri-la perfeitamente e, portanto, nossa necessidade de um Salvador.
4. Aspectos e tipos de Hortelã
Quando falamos de "aspectos e tipos de Hortelã" em uma análise teológica, não estamos nos referindo a variações botânicas, mas sim às diferentes manifestações da religiosidade superficial e legalista que Jesus condenou. A Hortelã se torna, metaforicamente, o símbolo de diversas abordagens falhas à fé e à obediência.
4.1 O legalismo e a hipocrisia
O aspecto mais proeminente que a Hortelã simboliza é o legalismo. O legalismo é a crença de que a obediência meticulosa a um conjunto de regras, sejam elas bíblicas ou extrabíblicas, é o meio para obter a aprovação de Deus ou para demonstrar superioridade espiritual. No caso dos fariseus, eles se apegavam à letra da Lei, e até a tradições adicionais (como dizimar pequenas ervas), enquanto ignoravam o espírito da Lei, que é o amor a Deus e ao próximo (Mateus 22:37-40).
Intimamente ligada ao legalismo está a hipocrisia. Jesus chamou os fariseus de "hipócritas" (Mateus 23:23), pois sua religiosidade era uma fachada, uma performance para serem vistos e elogiados pelos homens (Mateus 6:1-6). Eles eram como "sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (Mateus 23:27). A dizimação da Hortelã era um ato facilmente visível e louvável publicamente, enquanto a justiça e a misericórdia exigiam uma transformação interior e atos de serviço que muitas vezes passavam despercebidos.
4.2 A inversão de prioridades e o minimalismo ético
A crítica da Hortelã também expõe a inversão de prioridades. Os fariseus elevavam o trivial ao nível do essencial, e o essencial era rebaixado ou ignorado. A teologia reformada sempre enfatizou a importância da hierarquia das verdades e dos mandamentos. A obediência aos "preceitos mais importantes" (justiça, misericórdia, fé/amor a Deus) deve preceder e informar a obediência aos preceitos menores. O Dr. Martyn Lloyd-Jones frequentemente advertia contra a tendência de se preocupar com detalhes periféricos da fé enquanto se negligenciava o coração do evangelho e a ética cristã fundamental.
Outro aspecto é o minimalismo ético, onde a pessoa se contenta em cumprir o mínimo ou o mais fácil, negligenciando as responsabilidades mais difíceis e exigentes. Dizimar a Hortelã pode ser visto como um ato relativamente fácil e mensurável, enquanto praticar a justiça e a misericórdia requer um envolvimento profundo com o sofrimento alheio, autonegação e um compromisso moral constante. A fé genuína exige um compromisso total, não apenas uma conformidade superficial.
4.3 Erros doutrinários a serem evitados
A lição da Hortelã nos adverte contra vários erros doutrinários:
- Soteriologia de obras: A crença de que a salvação pode ser obtida ou mantida por meio de obras humanas, rituais ou observâncias, independentemente da graça e da fé em Cristo. Isso anula a doutrina da sola gratia e sola fide.
- Antinomianismo velado: Embora o foco seja no legalismo, a crítica de Jesus não é um endosso ao antinomianismo (a ideia de que os crentes estão livres da Lei moral). Pelo contrário, Ele afirma que "deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas." A Lei moral de Deus é boa e santa (Romanos 7:12) e deve ser cumprida por amor, como fruto da fé, não como meio de salvação.
- Religiosidade externa: A supervalorização de manifestações externas da fé (frequência à igreja, contribuições, participação em rituais) em detrimento da piedade interior, do caráter e da transformação do coração.
A teologia reformada, ao enfatizar a soberania de Deus e a depravação total do homem, ressalta que nossa justiça é encontrada somente em Cristo. Qualquer tentativa de "dizimar a Hortelã" para nos justificar é uma negação dessa verdade fundamental. O puritano John Owen, por exemplo, escreveu extensivamente sobre a necessidade de mortificar o pecado interior e cultivar a santidade, entendendo que a verdadeira piedade reside no coração, não apenas nas ações externas.
5. Hortelã e a vida prática do crente
A crítica de Jesus sobre a Hortelã não é uma relíquia histórica, mas uma exortação viva e relevante para a vida prática do crente de hoje. Ela nos desafia a examinar a autenticidade de nossa fé, a clareza de nossas prioridades e a integridade de nossa obediência.
5.1 Autoexame e autenticidade na fé
A lição da Hortelã nos convoca a um profundo autoexame (2 Coríntios 13:5). Somos tentados a ser como os fariseus, a dar mais atenção às "mentas" de nossa vida cristã do que aos "pesos mais importantes". Quais são as "mentas" em nossa vida? Podem ser a presença regular na igreja, o uso de jargões religiosos, a observância de certas regras culturais evangélicas, ou até mesmo um dízimo financeiro sem um coração generoso. Todas essas coisas são boas em si, mas se forem feitas por exibição, por obrigação legalista ou como substituto para a justiça, misericórdia e fé genuína, caem sob a mesma condenação de Jesus.
A autenticidade na fé significa que nossa obediência deve fluir de um coração transformado e de um amor verdadeiro por Deus e pelo próximo. Não se trata de uma performance externa, mas de uma realidade interna que se manifesta em ações consistentes com o caráter de Cristo (1 João 3:18).
5.2 Prioridades do Reino e obediência holística
A mensagem da Hortelã nos força a reavaliar nossas prioridades do Reino. Jesus nos ensinou a "buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça" (Mateus 6:33). Isso significa que a justiça social, a compaixão pelos necessitados, o perdão aos ofensores e a fidelidade a Deus em todas as áreas da vida devem ser nossos focos primários. A obediência a preceitos menores, como o dízimo da Hortelã, deve ser vista no contexto dessas prioridades maiores.
A obediência holística é aquela que não negligencia nem os pequenos detalhes nem os grandes princípios. O dízimo da Hortelã não era errado, mas a negligência da justiça e da misericórdia o tornava hipócrita. Da mesma forma, os crentes devem ser diligentes em todas as áreas de sua vida, tanto nas pequenas disciplinas pessoais quanto nos grandes mandamentos de amor a Deus e ao próximo (Romanos 13:8-10; Gálatas 5:14). Charles Spurgeon, o "Príncipe dos Pregadores", frequentemente enfatizava a necessidade de uma piedade que se manifestasse em todas as esferas da vida, do púlpito à vida doméstica.
5.3 Implicações para a igreja contemporânea e exortações pastorais
Para a igreja contemporânea, a lição da Hortelã serve como um lembrete constante contra o perigo do legalismo e da hipocrisia. As igrejas devem se esforçar para cultivar uma cultura de graça e verdade, onde a santidade é buscada não por mérito, mas como um fruto da salvação e um reflexo do amor a Deus. Pastores e líderes devem exortar os crentes a uma fé genuína, que se manifesta em:
- Justiça: Defender os oprimidos, lutar contra a injustiça social e promover a equidade (Provérbios 31:8-9).
- Misericórdia: Demonstrar compaixão, perdoar e servir aos necessitados e marginalizados (Lucas 10:30-37).
- Fé/Fidelidade: Viver uma vida de confiança em Deus, lealdade aos Seus mandamentos e integridade em todas as relações (Hebreus 11:6).
- Amor a Deus: Uma devoção primordial que se traduz em adoração sincera, obediência alegre e busca de Sua vontade acima de tudo (Marcos 12:30).
Em suma, a Hortelã nos lembra que a verdadeira piedade protestante evangélica não é medida pela meticulosidade em observâncias externas ou pelo desempenho religioso visível, mas pela condição do coração, que, transformado pela graça de Deus, busca ardentemente viver a justiça, a misericórdia e a fé que são o cerne da Lei e do Evangelho. É um chamado a um equilíbrio divino: não negligenciar as pequenas coisas, mas nunca permitir que elas obscureçam as grandes verdades e os grandes mandamentos do Reino de Deus.